sexta-feira, 3 de junho de 2016

Mestre Li Hon Ki

法师我相信你会获得重生回来。

Mais um ícone do Wing Chun se vai, tive o prazer de conhecer e treinar de forma informal com esse grande mestre e exemplo de pessoa e amor ao kung fu, Meu sincero respeito ao Mestre Li Hon Ki , graduado em diferentes estilos de Kung Fu, Taekwondo, Aikido, Boxe Tailandês e Arte Filipina. Que sua família, todais (alunos) e discípulos possam encontrar consolo neste dia. Muito obrigado mestre por deixar seu legado. 
Meu sincero respeito ao Mestre Li Hon Ki, Sifu Moacyr Rother N.


quinta-feira, 2 de junho de 2016

Diferença entre aluno e discípulo



Cerimônia Pai-Si ou Bai-Si Reverência ao Mestre 



Trata-se de uma das cerimônias mais significativas no Kung fu tradicional, uma vez que, ela ocorre por ocasião da aceitação formal de um discípulo pelo mestre.
Podemos traduzir como reverencia ao Shi fu (師父), indicando uma forma de prestar respeitos ao mesmo, enquanto ele o acolhe em sua família perante aos seus membros e a sociedade marcial.
Embora sofra algumas variações de uma família para outra, o principio tradicional, bem como, os importantes tópicos que a envolvem, são mantidos a gerações. Em dado momento do cerimonial do pai shi o futuro discípulo fica ajoelhado a frente do Mestre, e fará nove reverencias e ditará os preceitos que envolve sua família e seu comprometimento para com seu Shifu.

As tradições na feitura do Pai Si podem ser diferentes nas famílias kung fu, todavia, seu significado é o mesmo e a importância para ambas as partes também.
As reverencias são iniciadas entre o céu, o homem e a terra, incensos são dedicados a esta trindade, como meio de ligação entre elas, frutas e carne são ofertadas, sendo que deve se ter na cerimonia um frango inteiro assado, significando a totalidade do relacionamento.
Frutas também são servidas, devendo estar presente as doces e azedas, pois mostra a relação Yin e Yang em que ambos passarão juntos, mostrando que um relacionamento sempre tem pontos positivos e negativos, porem, devem estar juntos até o fim.
Muitos podem dizer alunos de determinados Mestres, poucos podem se dizer discípulos.
Esta cerimonia tem além de tudo um cunho espiritual e como tal, a união se da pelo espirito dos envolvidos e segundo a tradição chinesa se perpetua no eterno.
Nesta cerimonia sempre haverá uma testemunha juntamente com o Mestre e o discípulo e geralmente esta testemunha também é Mestre em Kung Fu.

Apos as reverencias, e dividir a ceia com seu Mestre, e entregar-lhe o envelope de Hung Bao, o Shi fu passa-lhe as mãos um envelope com o seu nome de família Kung fu, e algumas vezes o seu carimbo. Agora ele é um discípulo formal, inicia-se então as regalias e as atribuições que envolvem o discipulado, uma vez que, agora esse discípulo é responsável pelo desenvolvimento e perpetuação do estilo que a família que ele agora toma parte, domina.
Reza a tradição que Ip Man ao fazer a cerimonia com seus discípulos, era ele quem entregava o envelope (Hung Bao), e uma vez indagado sobre esta suposta inversão, ele justificou que tinha feito assim com seu Mestre, uma vez que representava que aquele pai estava a dar um “ dinheirinho” para seu novo filho fazer uso.
Desta forma, no sistema Applied Wing Chun mantem-se este mesmo ato, da forma com que Chan Wah Shun fez com Ip Man, Ip Man fez com Duncan Leung, que por sua vez fez com Li Hon Ki e este ultimo com Hudson Willian no ano de 2010.
Sendo discípulo você toma parte da família, e assim sendo, está sujeito as suas diretrizes e preceitos, devendo respeito e obediência ao líder dela, o seu Shi fu. Não existem ramificações entre discípulos, pois, só existe um Shi fu. Existem sim, possíveis rupturas entre ambos, e isso acontecendo, não há mais a existência do vinculo familiar, e deixa de manter o nome dado por ocasião do pai shi.
Quando se tem um Pai si, discípulo e Mestre andam lado a lado, se um cair o outro cai também, certo ou errado ambos estão juntos, a cumplicidade, fidelidade, honra e dedicação deve ser sem limites.
Na China antiga, a tradição elencava a seguinte relação de respeito: 1º os deuses, 2º seu País, 3º seu Shifu, depois seu pai e sua mãe.

Via de regra, o Mestre sentindo o profundo respeito e demais virtudes compatíveis com o discipulado, este convida o aluno a tornar-se discípulo, pois esta escolha deve ser bem certificada, uma vez que o discípulo entrara no mais profundo da estrutura familiar.
Resumidamente um discípulo deve estar disposto a sacrificar-se por seu Mestre e isso acaba sendo cada vez mais raro.
Todo discípulo passou pelo pai shi, pois, é esse cerimonial tradicional que o certifica, e com isso mantém viva a tradição familiar do Kung fu. Acima e antes de qualquer coisa, para existir vinculo é preciso haver proximidade, para existir proximidade é preciso haver sensibilidade e respeito, por isso poucos alunos recebem este diferencial a tornar-se discípulos.(Trechos do texto extraído da internet)

Ensinamentos a Portas Fechadas

Por: Marco Seschi

Caso acompanhe a algum tempo meus textos,  já deve ter percebido que algumas facetas culturais chinesas são extremamente multifacetadas. Isto se deve a uma não uniformidade com que as diversas famílias que mantiveram vivas as tradições das artes marciais até os dias atuais. O termo “Portas Fechadas” é outro que possui diversas camadas de significado de acordo com a linhagem a qual é imprimida. Enquanto para algumas é uma questão de importância máxima, em outras recai sobre a insignificância.

A interpretação mais comum de aluno a “Portas Fechadas” é a de um professor que ensina todo o sistema, com todos os chamados segredos, para um ou poucos discípulos escolhidos a dedo. São estes os que irão perpetuar sua linhagem para as próximas gerações, imprimindo a tradição marcial por anos a fio. Embora seja tentadora, a noção de que este seja um comportamento comum e generalizado entre as famílias é errônea. Talvez com o advento no final do século 19 ou começo do 20 de contos cavalheirescos, a famosa Wuxia, tomou-se esta ideia de que todos os professores mantinham determinados pontos em segredo dos “alunos comuns”, realizando a transmissão completa apenas para poucos merecedores.


Muitos professores efetivamente seguem este modelo, talvez por ser algo perpetuado por gerações ou pelo simples fato de que adotaram um costume que acreditavam ser o correto. O fato é que a tradição se manteve e poucos são os que possuem acesso ao sistema completo. Interessante notar que esta é a maneira mais fácil de causar a extinção de uma arte marcial, porém deixemos este assunto para outro momento.

Outro costume comum, principalmente no sul da China, é utiliza o termo “Portas Fechadas” para alunos que adentram a família marcial após o professor ter se aposentado do ensino público de artes marciais. O que significa basicamente que é aceito em uma família de maneira exclusiva. Talvez esta interpretação tenha se tornado comum após a criação da Jing Wu e das escolas comerciais como conhecemos hoje. Uma variação pode ter existido com professores que lecionavam em ambientes abertos ou eram contratados privativamente. Porém como as tradições estão sempre em constante mutação, impossível saber exatamente como era tratado nos dias antigos. Temos que confiar em relatos que na grande maioria das vezes, por ser puramente de tradição oral, possuem muitas distorções sobre seu conteúdo original.

As últimas maneiras na qual um aluno é conhecido desta forma é através do segredo perante a comunidade ou a própria família. Esta razão possui uma conotação social muito forte, pois basicamente se refere a esconder de alguma esfera da sua sociedade o ensino para determinado indivíduo ou grupo. As razões podem ser inúmeras, desde a não aprovação da família marcial, algum tipo de limitação local sobre as artes marciais ou até algo mais grave. Não vou entrar no mérito da gravidade com que ocorreu, mas a Revolução Cultural Chinesa (1958-1960) foi um dos grandes motivos por esta prática se perpetuar. Não é incomum ouvir relatos de professores obrigados a ensinar na escuridão da noite para que não fossem descobertos pelo governo. Porém seja qual for a razão, o fato é que esta é uma prática ainda em voga atualmente.


No final, não existe uma definição simples do que é ser um aluno a “Portas Fechadas”. A grande variação cultural chinesa acaba por fornecer diversos cenários em que essa expressão pode ser aplicada. Alguns em maior ou menor intensidade, porém todos reais e sendo praticados em nossos tempos. Quando souber de alguma versão diferente da que conhece ou a mais comum, aproveite para descobrir um pouco mais sobre a cultura, história e costumes chineses. Além de se maravilhar com as possibilidades que isso abre dentro de sua família marcial e prática individual.


quinta-feira, 26 de maio de 2016

Artistas de Hollywood e o Ving Tsun (Wing Chun)


Bruce LeeBruce Lee
Bruce Lee é considerado por muitos críticos e outros artistas marciais como o lutador mais influente do mundo e um ícone cultural. Com suas produções, feitas em Hollywood e Hong Kong, popularizou os filmes de artes marciais, elevando-os a um altíssimo patamar de consagração, tornando-se influência também para outros estilos como aventura e ação.
Bruce Lee levou o Wing Tchun para o cinema em todos os seus filmes, como por exemplo: "Dragão Chinês", "O Voo do Dragão" e "O Jogo da Morte".

Robert Downey Jr.Robert Downey Jr.
Robert Downey Jr. é um ator norte-americano constantemente aclamado pela crítica por seu notável talento. Downey, inclusive, já interpretou Charles Chaplin, um dos maiores atores da história, no filme "Chaplin", de 1992.
Robert começou a praticar Wing Tchun em 2003 como uma terapia para se livrar da dependência química. Segundo o próprio ator, a arte marcial não permite que ele pense em drogas e ainda mantém sua sanidade mental. Ele mostra sua habilidade no Wing Tchun em sequências como Homem de Ferro e Sherlock Holmes, ambos no papel principal.

Nicolas CageNicolas Cage
Nicolas Cage é um dos mais respeitados atores norte-americanos em atividade e praticante de Wing Tchun. Entre seus principais filmes, estão "O Beijo do Vampiro", "Coração Selvagem", "Cidade dos Anjos" e "Motoqueiro Fantasma". No entanto, é em "Perigo em Bangkok" que Nicolas exibe sua habilidade em Wing Tchun.
No longa, Cage é Hitman Joe, um assassino que viaja de cidade em cidade dando fim às pessoas designadas por seus clientes. Geralmente ele recruta um ajudante na cidade em que está, e depois de tudo pronto, também o mata para não deixar rastros. No entanto, em Bangkok, seu "ajudante" mostra muito interesse no que Joe tem para ensinar. Os dois acabam se tornando mestre e discípulo de Wing Tchun.

Keanu reevesKeanu reeves
Keanu Reeves tem vasta carreira em Hollywood, mas é lembrado principalmente pelo personagem Neo, de Matrix. Entre os hobbys do ator, está o Wing Tchun, arte marcial que pratica desde jovem. Em praticamente todos os seus filmes de ação em que precisa fazer cenas de luta, dispensa dublês.
Apesar de ter interpretado diversos personagens neste segmento, curiosamente aquele de maior destaque é também o que Reeves mais evidencia o Wing Tchun. Ele aplica a arte marcial na grande maioria dos combates, tendo feito questão de atuar em todas as sequências. Sua habilidade arrancou elogios do lendário Yuen woo Ping, mestre de Kung Fu conhecido por coordenar e coreografar cenas de lutas em filmes de Hollywood, como por exemplo, "O Tigre e o Dragão" e "Kill Bill".

Donnie YenDonnie Yen
Donnie Yen é considerado por muitos o responsável pela volta da popularidade do Wing Tchun, arte que pratica desde a infãncia. O ator, nascido em Hong Kong, interpretou Ip Man, mentor de ninguém menos que Bruce Lee, em uma sequência biográfica de três longas sogre o grande mestre desta arte marcial. Embora o filme não tenha recebido destaque da mídia, é um dos mais aclamados dos últimos tempos entre os amantes de lutas e filmes do gênero.
A carreira de Donnie Yen também deu um grande salto após o filme, no qual o ator também se destaca pelo talento na interpretação. Atualmente, Yen é considerado o melhor ator oriental e um dos melhores do mundo no gênero de ação.


Jackie ChanJackie Chan
Jackie Chan é, sem dúvidas, o ator oriental mais conhecido pelo público do Ocidente nos dias atuais. Chan é tão popular que já virou personagem de quadrinhos e desenho animado, além de inúmeras referências em video games e outras animações. Entre tantas artes e estilos marciais que o ator domina, está o Wing Tchun.
Apesar de misturar diversas técnicas nas cenas de ação de seus filmes, Jackie Chan escolheu o Wing TChun para "Arrebentando em Nova York". O longa rendeu inúmeros prêmios para o ator, como "Melhor Cena de Ação" e "Melhor Coreografia de Ação" no Hong Kong Film Awards de 1996 e "Melhor Luta" no MTV Movie Awards do mesmo ano.


Christian BaleChristian Bale
Christian Bale é outro ator, famoso por interpretar um super-herói, que pratica Wing Tchun. O "Batman" é aluno do mesmo mestre do "Homem de Ferro" (Robert Downey Jr.). O homem morcego tornou-se um justiceiro sem a utilização de poderes especiais. Age com os recursos de uma fortuna, sua inteligência e pelo domínio de artes marciais. Então, para viver Bruce Wayne, em "Batman Begins", Bale precisou aprender Wing Tchun.
O ator faz parte do grupo dos que dizem que o Wing TChun mudou sua vida. A arte marcial influenciou tanto que desde quando iniciou seus treinamentos, em Los Angeles, Christian Bale não parou mais de praticar.


Johnny Yong BoschJohnny Yong Bosch
Talvez poucas pessoas conheçam quando falamos em Johnny Yong Bosch. No entanto, se citarmos "Adam Park", o ranger preto da segunda temporada de "Power Rangers", não há quem não lembre. O personagem Adam fez parte do grupo de heróis até a metade da série "Power Rangers: Turbo". Johnny Yong é praticante de Wing Tchun desde sua infância e mantém os treinamentos até os dias atuais.
Para quem não conhece a franquia "Power Rangers", eram cinco jovens (às vezes, seis), que dominavam artes marciais e recebiam poderes extras, armaduras e veículos robotizados para proteger o mundo. A série chegou aos cinemas e Johnny Yong foi mais um a levar o Wing Tchun para as telonas.


Cameron DiazCameron Diaz
Na preparação para os filmes "As Panteras", Cameron Diaz precisou aprender a lutar. A arte marcial indicada para a atriz foi o Wing Tchun. Em 1999 ela começou a praticar. No entanto, revelou apenas em 2001, em entrevista para a revista "Celebrity Bodies".
Cameron contou, na época, que praticava Wing TChun "oito horas por dia, cinco dias por semana antes de filmas "As Panteras". Depois disso, a atriz continuou praticando, com menor frequência, e revelou em entrevista mais recente: "Além de ser uma ótima arte marcial, o Wing Tchun fortalece os braços, a postura e, particularmente, é ótimo para tonificar pernas, cintura e abdômem", disse Diaz.

Fonte: http://www.vingtsunbrasil.com.br/

domingo, 8 de maio de 2016

A origem do Wing Chun Kung Fu





A origem do Wing Chun Kung Fu tem mais de 350 anos, na turbulenta e repressiva Dinastia Ching, nessa época 90% do Chineses (os Hans) eram dominados pelos Manchus, que eram 10% da população. Os Manchus ditavam as regras com muitas injustiças. 

O Kung Fu era proibido para o povo em geral, porém mantinha-se vivo e cada vez mais forte, para a ira do governo Manchu. Quando todas as armas foram banidas pelos Manchus, os Hans começaram a formar e treinar um exército revolucionário na arte do Kung Fu. O templo de Shaolim (Siu Lam) tornou-se um refúgio secreto para treinamentos de Kung Fu, em que um estilo clássico levava entre 15 a 20 anos para alcançar o grau de mestre. 

Com o intuito de formar rapidamente um exército revolucionário e desenvolver uma nova forma que levasse menos tempo treino, os principais Mestres do Templo reuniram-se para discutir os méritos de cada um dos vários estilos de Kung Fu. Porém antes de finalizarem esta nova forma, os Manchus invadiram e queimaram o templo de Siu Lam. A Abadessa Budista de nome N´g Mui o abade Chi Shin, abade Pak Mei, mestre Fung To Tak e o mestre Mui Hin (os cinco veneráveis) sobreviveram e seguiram caminhos diferentes. N´g Mui possuía uma habilidade técnica muito avançada e superior aos guerreiros do templo.
Veio a refugiar-se no Templo da Garça Branca, no monte de Tai Leung, partindo do conhecimento dos estilos tradicionais e segundo a lenda, testemunhou a luta entre uma serpente e uma garça, ela criou um novo e eficaz sistema de combate, que não só rectificava as debilidades dos sistemas convencionais, como também tirava proveito delas. Lá conheceu Yim Yee um comerciante local e sua filha Yim Wing Chun, que devido a sua beleza, muitas vezes provocava o assédio dos valentões locais. Percebendo que a situação pelo qual Yim Wing Chun passava era grave, N´g Mui concordou em ensinar-lhe de kung Fu, para poder proteger-se. N´g Mui refugiou-se então com a Yim Wing Chun nas montanhas e passou a ensiná-la. Treinaram dia e noite, até que a Wing Chun dominasse as técnicas. Então, a Wing Chun desafiou aquele que a assediava para um combate vencendo-o facilmente. Wing Chun casou-se então com um mercador de sal de nome Leung Bok Chau, que era um óptimo praticante de Kung Fu e a ele transmitiu os seus conhecimentos. 

Em homenagem a sua esposa, Leung Bok Chau denominou o estilo de Wing Chun Kuen. Leung Bok Chau passou os seus conhecimentos para Leung Lan Kwai, um médico herbalista que por sua vez ensinou a um actor de ópera Chinesa chamado Wong Wah Bo. Wong Wah Bo foi trabalhar num dos barcos que viajava pela China promovendo espectáculos e lá passou o seu sistema para o bastoneiro do barco Leung Yee Tei, que também havia sido aluno do abade Chi Shin (especialista em bastões). Juntos, eles desenvolveram novas técnicas de Wing Chun, inclusive com o bastão comprido. Leung Yee Tei por sua vez ensinou Leung Jan, um médico da cidade de Fatshan, que desenvolveu uma técnica tão apurada que recebeu o apelido de o Rei do Wing Chun Kung Fu.
Leung Jan passou o sistema de forma modificada a Chan Wah Sun (trocador de dinheiro), devido a esse ser muito forte e Leung Jan não confiar nele e achar que após a sua morte, poderia haver problemas quanto a sucessão como líder da escola. Também ensinou os seus filhos, Leung Tsun e Leung Bik. Yip Man, considerado o ultimo grande mestre de Wing Chun, aprendeu primeiramente com Chan Wah Sun e posteriormente aprendeu a versão original com o filho mais novo do rei do Wing Chun, Leung Bik. Com Yip Man, o Wing Chun tornou-se mundialmente popular e respeitado, tendo alunos como Bruce Lee entre seus discípulos.
 

Kinlai a saudação do Kung Fu



A saudação, também chamada de Kinlai, é comum nas academias de Kung Fu, feita entre os alunos e mestres e professores, também, ao altar central e às fotos dos mestres. Trata-se de uma “variação da saudação budista utilizada no mosteiro em que o estilo se desenvolveu”.
A saudação está relacionada ao Taoísmo, onde enquanto a mão fechada significa a força física, o princípio ativo da energia yang e o caráter animal (tigre), a mão espalmada representa o domínio das faculdades internas, o princípio passivo da energia yin, o caráter espiritual (dragão) do ser humano.
Esse cumprimento era feito, em alguns casos, para evitar que a outra pessoa, conhecedora de Chin Na (Qin Na), não tivesse a oportunidade de aplicar-lhe 
              Figura 1                 um golpe caso as mãos fossem dadas como aqui no ocidente.

Sabe-se que o fato de ser como na figura 1, uma sobre a outra, é um cumprimento mais amistoso. Já o cumprimento com a mão bem aberta (figura 2) significa mais respeito pela pessoa à sua frente, como um mestre por exemplo.
Há duas formas diferentes de se fazer esse cumprimento, mas o mais correto é aquele com a mão direita fechada e a esquerda aberta. O inverso era feito antigamente e mudou por dois motivos:
                                                                                                                  Figura 2
                                                                                      
  1. Os militares, por serem destros na maioria dos casos, seguravam suas armas com a mão direita e para não soltá-la diversas vezes eles cumprimentavam segurando-a como na figura 3, o que forçou a troca para o jeito atual.
  2. O cumprimento com a mão esquerda fechada era usado antes da dinastia Zhou e ainda usado pelos Han, mas os rebeldes a favor da mudança para a dinastia Ming, durante a dinastia Qing, faziam o inverso para lembrar dois ideogramas, Sol  e Lua 月, que combinados formavam o símbolo dos Ming. Pelo fato dos monges Shao Lin serem do lado rebelde, todos eles e seus descendentes passaram a usar esse cumprimento. (O cumprimento inverso também é considerado, hoje em dia, sinal de luto e também atrai má sorte)
Já a maneira de cumprimentar com as duas abertas é para religiosos mostrarem que vem em paz e desarmados, como fica evidente nesta posição.